sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Política, Corrupção e Rock and Roll!!!

Cada geração tem um modo de abalar a moral tradicional! Esta afirmação surgiu-me sem motivos aparentes.... estava pensando sobre a realidade na qual vivemos. Lembrei-me que a geração que nos antecede no tempo revolucionou a moral fazendo uma junção de três coisas sexo, drogas e rock and roll. Em um período em que as imagens mais eróticas eram mulheres semi-nuas, os jovens revolucionários começaram a falar e fazer sexo como algo natural que nenhum mistério envolve. Aliás, sexo passou a ser uma forma de protesto, justamente pra demonstrar a aversão da juventude revolucionária ao modo de vida atual e, principalmente, como forma de protesto político. Aos poucos o protesto passou a ser natural e não causou mais estranhamento, hoje falamos de sexo sem preconceitos; fazemos sexo sem preconceitos! Mas aconteceu mais que isso... as drogas até então limitavam-se praticamente ao álcool e ao cigarro. Assim, as drogas mais pesadas foram transformadas em cigarros, outras injetáveis, ou então basta apenas inalar, saborear o aroma para se entorpecer. Isso revolucionou a moral.... hoje temos necessidade de falar publicamente de sexo e drogas... existem políticas públicas para tratar destes dois assuntos. E pra animar o sexo sob o uso de drogas era necessário um ritmo; teria quer ser um som pesado, violento, que denotasse revolta... surgiu o rock and roll.
Não, não é preconceito!!! Isso não é uma denúncia!! Para nós hoje são três coisas boas! Foi bom romper as barreiras da moral estritamente religiosa. Mas e as conseqüências? Ah... as conseqüências!!! A música sertaneja que falava do sertanejo, do campo, que tinha uma mensagem moral, perdeu o conteúdo e passou a falar de sexo. A música popular tentou manter a mensagem; perdeu espaço. Surgiram outro ritmos, muitos outros e todos eles embalados pelo sexo. Impressionante o sucesso do Funk; ritmo dançante é verdade, mas qual a mensagem??? Subliminarmente diz-se: façamos sexo. Hip hop! Ah é verdade!!! Hip hop outro ritmo dançante, mais dançante que a nona sinfonia de Bethowen, mas e a mensagem? O rap! Como é bom dançar! Mas precisava falar de sexo e drogas? Precisava, precisa! Se queres vender fale de sexo e drogas... o Rock and Roll deixou de ser o fundo musical da revolução moral. Tem muitos outros ritmos que fazem isso...
Aquela geração revolucionou a moral e cresceram sendo revolucionários até mesmo quando chegaram à política. Não existe mais a ditadura que procurava instaurar uma moral de um homem só... até então a corrupção era destinada a alguns poucos e por isso houve revoltas... Todos queremos participar.... assim a democracia se contrapôs à ditadura!!! A ditadura no seu aspecto rude não existe mais.... Existe a ditadura de muitos... a representação política inexiste... sejamos sinceros: nossa política não é digna de levar esse nome, muito menos de levar o nome de democracia. Voltando ao raciocínio; a mesma geração que modificou a moral social modificou também o sentido da política. Substituíram o sexo por política, a droga por corrupção e o rock and roll...... o Rock and roll é insubstituível e por isso esqueceram do rokc and roll.... mas continuaram revolucionando, no entanto, no pior sentido do termo.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Não quero ver meu futuro!

Uma das dúvidas que sempre tive é se vale a pena se esforçar por criar um futuro que sabemos um dia pode chegar ou quem sabe, que jamais chegará.... não é pessimismo! Ninguém tem certeza que amanhã estará vivo; aliás, nem sei se terminarei de escrever este texto ou se terei tempo de publicá-lo. Não sei e você não sabe! Não sabemos até mesmo se o presente é um presente!! Sabemos que existe um passado, mas um passado que não existe mais, ou será que existe? Se o passado não existe então o que é que fez com que eu me torna-se quem sou? Ora, o passado não existe mais, no entanto enquanto foi presente determinou o meu existir. Por outro lado, não acredito que o passado simplesmente passe e deixe de existir. Hoje a ciência nos prova que devido à velocidade da luz podemos observar fenômenos que aconteceram a milhares ou até milhões de anos desde que tal fenômeno tenha acontecido a milhões de km da terra. Portanto, se alguém observar de uma distância muito grande o nosso planeta poderá, até mesmo, presenciar o surgimento do próprio planeta e da vida. Se nós pudéssemos nos distanciar do planeta em uma velocidade maior do que a da luz, poderíamos nós mesmos responder à pergunta sobre a origem de nossa espécie... Impressionante!!!
Mas voltemos ao futuro!!! Quer dizer, voltemos ao presente. Qual a relação misteriosa entre tempo e espaço? Será que podemos nos mover a um determinado tempo-espaço em que podemos observar o nosso futuro? Desculpem..... estou roubando a idéia de mais alguns filmes de ficção científica. No entanto, a vida mesma seria tão sem sentido se soubéssemos tudo que vai acontecer... Por isso mesmo cheguei à conclusão que quero viver meu presente como se ele jamais deixa-se de existir (assim os fatos se tornariam inesquecíveis), e não quero conhecer o futuro antes que ele aconteça... não existe maior adrenalina que a incerteza do futuro e da vida!!! Aliás, agora percebo que se todos soubéssemos o nosso futuro ele seria tão presente quanto o presente, pois viveríamos controlando nosso futuro e não o presente!!!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Primeira Postagem

Em meu primeiro texto aqui em meu blog poderia colocar alguma noticia extravagante, alguma curiosidade.... alguma conquista da racionalidade humana ou de uma viagem inter-espacial, ou então simplesmente divulgar alguma imagens referentes às nossas concepções de universo.... alguém já viu como o tamanho de nosso Sol é insignificante frente aos outros sistemas galácticos? No entanto..... nada de extraordinário... talvez estranho... extraordinário não!!!! Nunca pensei em publicar uma resposta da prova de filosofia moderna que escrevi... mas lá vai... a pergunta que o ilustre professor Wohlfart fez refere-se ao idelalismo objetivo de Schelling....
O idealismo de Schelling é considerado objetivo porque, talvez influenciado pelos românticos de sua época, ele atribui grande valor à natureza. E como expressão desta coloca as diversas artes.
O mais impressionante neste autor é a análise estética que ele faz do mundo. Para ele a natureza é o espírito visível do mundo e o espírito deve ser a natureza invisível. Todas as propriedades (liberdade, inteligência, autodeterminação) que Fichte atribuía ao “EU”, Schelling as atribui à natureza. Assim, para Schelling há uma junção indissociável entre natureza e espírito. É a natureza que se autodetermina pela sua liberdade desenvolvendo-se até chegar a sua própria autoconsciência.
É fazendo esta “inversão” no processo kantiano, ao colocar a natureza como ponto fundante e não no sujeito, que Schelling pode afirmar que o verdadeiro conhecimento da natureza e do espírito se dão pela arte, como expressão do Absoluto manifesto na natureza. Este Absoluto, segundo o autor, “é um eterno ato de conhecimento, que em si mesmo é matéria e forma”.
Assim, ele pretendeu unificar forma e conteúdo. É evidente que seria necessário questionarmos o seu modo de fundamentação. Pode-se dizer que a natureza é livre, autoconsciente, inteligente? Temos que admitir que cada vez que lemos novamente algum texto de Schelling sobre esta compreensão poética da natureza e da vida, ficamos impressionados pelo conteúdo altamente fictício, mas ao mesmo tempo tão real que se aproxima da compreensão hodierna da física quântica, por exemplo. A harmonia que o autor expressa como sendo o ponto de unidade de forma e conteúdo nos aproximam da relação recíproca de todos os elementos constitutivos de nosso planeta e universo em sua totalidade. Com a física quântica temos que admitir que nosso universo de ação embora limitado pelas nossas condições físicas repercute no universo em sua totalidade. Isto é, parece que, de fato, existe um espírito materializado na natureza e que, ao mesmo tempo, que controlamos a natureza física restrita ao nosso campo de ação, resta ainda uma impressionante gama de fatores naturais que não estão ao nosso dispor. Aliás, quando comparamos o nosso planeta com outros dos quais sabemos a existência fica difícil admitir que apenas aqui exista a vida, por exemplo. Se assim é, então podemos estar sujeitos aos efeitos de outros seres inteligentes que podem estar modificando as configurações de todo o nosso sistema vivo; modificações estas que não estão ao nosso controle. Deste ponto de vista, quem é livre? Nós, seres humanos ou a natureza? Ou nenhum?
Poderíamos interpretar Schelling em uma perspectiva evolucionista? Admitindo que o nosso sistema solar e nosso planeta existem a milhões de anos, poder-se-ia pressupor que a evolução transformou a matéria “inerte” composta de gases que aos poucos vão se materializando e dando forma a planetas e finalmente se transforma em seres vivos com autonomia e inteligência seria uma forma de materialização do espírito natural? É difícil que estas pressuposições sejam realmente o que pensou Schelling, mas sua compreensão dá, justamente pelo caráter “quase-poético”, um imenso espaço para a interpretação, seja na perspectiva que for.